Após decisão, empresa tem 60 dias para apresentar plano de restruturação dos débitos
A Segunda Vara Cível de Ijuí (RS) deferiu nesta segunda-feira, 22 de outubro, o pedido de recuperação judicial do Grupo Imasa, um dos mais importantes fabricantes do setor agrícola da América do Sul. Com isso, a empresa terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação dos débitos junto aos seus credores e judiciário.
A crise econômica do país e foi o grande motivo para o pedido de recuperação. “A Imasa teve uma queda acentuada de vendas e aliado a isso um alto custo das fontes de financiamento. A empresa é viável e precisa desse tempo de estagnação de seus passivos para conseguir se recuperar”, explica a advogada Aline Ribeiro Babetzki, profissional a frente do escritório ABAC – Aline Babetzki Advocacia e Consultoria Jurídica, responsável pelo processo.
O pedido de recuperação judicial foi protocolado no Fórum de Ijuí na quarta-feira, 17 de outubro, e deferido pela juíza Simone Brum Pias. “A Imasa é uma empresa em situação fragilizada, financeiramente, mas o Judiciário entendeu que ela é viável e que pode, com o tempo da RJ, se reorganizar para voltar ao ponto de equilíbrio e fazer os pagamentos das dívidas. É uma grande geradora de empregos diretos e indiretos sendo fundamental à região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul”, destaca a advogada.
Aline explica ainda que, a partir de agora, o Grupo Imasa passa a ter todas as dívidas, vencidas e a vencer até a data do pedido, estagnadas. “Enquanto não houver aprovação do plano de Recuperação Judicial, a empresa não faz o pagamento dessas dívidas, que serão pagas apenas partir da aprovação do plano”, explica.
Com 96 anos de história, o Grupo Imasa atua no mercado agrícola, sendo destaque no Plantio Direto, sistema que desenvolve há mais de 30 anos. O grupo conta com aproximadamente 100 empregos diretos e 300 indiretos e tem representantes no Brasil, Paraguai, Bolívia e Costa Rica, e tem seus produtos comercializados no Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia, Portugal, Espanha, França e Angola.
Fotos: Arquivo Imasa